Rondônia
A Confederação Nacional de Municípios não acata a decisão dos reajustes aos professores
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Os absurdos tomaram conta das atenções mundiais. A guerra, por exemplo, cuja única “serventia” é descartar itens militares obsoletos para justificar a aquisição de artigos mais modernos e caros. O vandalismo organizado em prédios públicos simbólicos da democracia, como nos casos do Capitólio (EUA) e Brasília, traz a ruína para quem organiza e comete e prejuízos para todos. A maluca sabotagem de linhas de energia, que se faltar prejudicará até as famílias e empresas dos criminosos.
Diante de tanta loucura, fica difícil encontrar no noticiário algo racional mirando o bem comum. Felizmente, apesar das ações de zumbis sem cérebros e da corrupção incessante, há boas notícias para quem ainda acredita que é possível um novo mundo, habitável e em paz. É o caso do painel informativo sobre descarbonização na matriz de combustíveis leves, iniciativa do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
A finalidade do painel (dashboard) é acompanhar o consumo de combustíveis com foco nos efeitos da bioenergia na redução do efeito estufa. Parece a história do beija-flor querendo combater incêndio florestal levando água no pequeno bico, mas enquanto água evapora já ao sair do bico, os mecanismos de monitoramento do efeito estufa se somam, combinam e projetam ganhos de eficiência energética favoráveis à proteção ambiental.
Plano de 100 dias
Entra no plano dos primeiros 100 dias do governo Luís Inácio Lula da Silva a recuperação da rodovia Marechal Rondon, a BR 364, com vários trechos do seu pavimento entre Vilhena a Porto Velho e da capital rondoniense a Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, numa extensão de quase 1.600 quilômetros. Um grande trabalho para o Ministério dos Transportes com o Dnitt nos próximos anos numa rodovia que poderá cobrar pedágio futuramente para sua manutenção, já que todo inverno amazônico a estrada padece com estragos.
A moda pegando
Especula-se em alguns municípios do interior, mesmo sabendo-se que a população de Rondônia perdeu uns 100 mil habitantes, conforme o censo oficial do IBGE 2022, ampliar o número de vereadores em suas câmaras municipais. O burburinho e grande na Zona da Mata e Cone Sul rondoniense, onde Vilhena, se aprovasse a medida passaria a contar com pelo menos mais quatro representantes. O mal exemplo vem de Porto Velho, que aprovou no apagar das luzes de 2022 o aumento de edis na sua casa de leis de 21 para 23.Se ninguém não reclamar logo, logo, aumentarão para 24, igualando o número de deputados estaduais. É coisa de loco.
A regularização
Mesmo com um grande trabalho de regularização fundiária realizado pelo então prefeito Roberto Sobrinho na década passada quando foram regularizadas mais de 20 mil propriedades em Porto Velho nos seus dois mandatos, a questão ainda é um grande desafio da capital rondoniense. O atual prefeito, reeleito, Hildon Chaves patinou nesta atividade no início do seu primeiro mandato, mas conseguiu acelerar os trabalhos nos últimos dois anos. No entanto, existe muito a se fazer numa cidade onde a grande maioria dos imóveis não são escriturados. Temos uma demanda pela frente de pelo menos 50 mil imóveis para regularizar.
Não acata
A Confederação Nacional de Municípios-CNM não acata a decisão dos reajustes aos professores anunciado pelo governo Luís Inácio Lula da Silva e está orientando os mais de 5 mil prefeitos brasileiros para ignorar o aumento. A decisão foi repassada pela Associação Rondoniense de Municípios-AROM e a polemica tende a aumentar pois os professores já estão cobrando através de suas entidades o cumprimento da medida federal. As entidades representativas dos municípios alegam que não estão preparadas para atender este reajuste.
Cirurgias eletivas
O ano de 2022 começa com manifestações em todo o estado reclamando pelos atrasos nas cirurgias eletivas que somam até 10 mil por Rondônia afora. Alguns municípios, como Nova Mamoré se esforçam para colocar em dia o atraso nas operações, mas sem apoio do governo estadual é uma tarefa muito difícil. São milhares de pessoas padecendo nos hospitais com dores atrozes, necessitando de cirurgias desde pacientes com joelhos, até pernas e braços quebrados em acidentes de moto – que na capital perfazem a grande maioria – até doenças cardíacas. Não bastasse o governo de Rondônia não renovou o contrato com o Hospital das Irmãs Marcelinas e os atendimentos de pacientes com hanseníase foram suspensos.
Via Direta
*** Muita expectativa para a anunciada minirreforma administrativa, com a substituição de alguns secretários estaduais a partir de fevereiro pelo governo Marcos Rocha *** Nenhum nome foi confirmado, mas sabe-se que os deputados federais que encerram o mandato dia 1º de fevereiro, Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) deverão integrar o primeiro escalão do governo estadual *** A coisa vai se complicando para o ex-ministro da Justiça, o bolsonarista Anderson Torres. Já foi abandonado pelos aliados e o ex-presidente Bolsonaro não está nem aí para seu ex-fiel escudeiro *** O problema com Torres é ele abrir o bico e confirmar o que todo mundo já sabe: autoria do mando e a orientação das invasões ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional.
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